quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Centro Cultural Cartola, Samba zÉ Samba e o Site Portelaweb apresentam: Cine Debate com a Portela em "Gosto que me enrosco", unindo a Festa de 12 anos da Portelaweb e Velhos Malandros.


Iniciando as comemorações dos 12 anos do Portelaweb, a equipe do site, o Centro Cultural Cartola e o jornalista Alexandre Nadai e o Samba zÉ Samba unem os projetos Cine Debate e Velhos Malandros, no próximo dia 27, a partir das 14h. 


No Cine Debate, que vai para sua 3ª edição, o tema é o enredo da Portela de 1995, “Gosto Que Me Enrosco”, considerado por muitos críticos uma aula de desfile de escola de samba. Personagens do histórico desfile da Águia estarão debatendo o carnaval que levou a escola ao vice-campeonato daquele ano com um samba antológico. Estarão compondo a mesa de debates o intérprete Rhychahs, o diretor de bateria Mestre Mug, o diretor de harmonia Djalma, o mestre-sala e coreógrafo de comissão de frente Jerônymo, e Júnior Escafura, filho do ex-presidente da Portela Luiz Carlos Escafura. Completam a mesa os integrantes do Portelaweb Fábio Pavão(mediador) e Paulo Renato Vaz(comentarista). 

Logo depois, a roda dos Velhos Malandros, que tem como característica o resgate da história de grandes nomes do samba, presta homenagem ao aniversário do Portela Web e exalta o “Orgulho de Ser Portelense”, relembrando sambas antológicos. E o melhor: a entrada é gratuita.


No “Velhos Malandros”, o Samba zÉ Samba tem Ruy Ipanema (violão), Maurício Monteiro(cavaco/voz), Vanessa Reis(banjo/voz), Rafael(cavaco), Julia Simões(percussão/voz), João Mandarino(tantan/voz) e Jorginho(pandeiro). O jornalista Alexandre Nadai é o mestre de cerimônias da roda, que recebe alguns dos principais nomes do samba e abre espaço para os compositores mostrarem suas obras. Desde o início do projeto, em 03 de dezembro de 2011, já passaram pela roda nomes como: Zé Luiz do Império, Tia Surica, Tiãozinho da Mocidade, Zeh Gustavo, Bia Aparecida, João da Valsa, Adilson Bispo, Noca da Portela, Jorge Callado, Jorgynho Chinna, Lúcia Garcia, Samba Na Fonte, Lu Fogaça, Pecê Ribeiro, Anderson Baiaco, Renatinho Partideiro, Marcos Diniz, Juninho Thybau, PQD da Portela, Roberto Serrão, Rod da Mangueira, Djalminha da Mangueira, Samba de Benfica, João da Valsa, Ivan Milanez e Tânia Malheiros.



No repertório, além dos sambas inéditos, serão lembrados nomes como Nelson Cavaquinho, Jacob do Bandolin, Beto Sem Braço, Cartola, Paulo César Pinheiro, Noel Rosa, Almir Guineto, Candeia, Delcio Carvalho, Mauro Diniz, Wanderley Monteiro, Noca da Portela, Wilson Moreira, Wilson das Neves, Nei Lopes, Nelson Sargento, Monsueto, Camunguelo entre outros.



O Samba Zé Samba tem como base os Zés do nosso Brasil, representados na figura do malandro, do sambista, do capoeirista, antes discriminados, mas que hoje tem a sua arte reconhecida. Lembra também o Zé Pereira, um dos principais personagens do carnaval carioca.

  

DONA ZICA É EMOÇÃO EM VERDE E ROSA



Centro Cultural Cartola lançou hoje o programa comemorativo do centenário de Dona Zica com exposição.
A emoção tomou conta da Mangueira neste último sábado (20/10). Viúva de Cartola, um dos mais importantes ícones da música brasileira, Euzébia Silva de Oliveira, a Zica, falecida em 2003, recebeu uma exposição no Centro Cultural Cartola em homenagem aos cem anos
 do seu nascimento. Para dar início às comemorações do centenário da ilustre mangueirense, o Centro Cultural Cartola (CCC), com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura, lançou a exposição Dona Zica – Da Mangueira e do Brasil, traçando um panorama de sua vida e obra.Com curadoria de Nilcemar Nogueira, a exposição fica em cartaz de 20 de outubro de 2012 a 29 de abril de 2013 com entrada gratuita.
Neta de Dona Zica, Nilcemar Nogueira, relatou com emoção a sua relação de afeto e aprendizagem com sua avó:
- Minha avó foi uma das pessoas mais importantes da minha vida. Com ela eu aprendi a ser o que sou e toda a luta do Centro Cultural Cartola pelo direito do sambista se reconhecer como produtor de conhecimento é dedicada e inspirado nela.
O sambista Nélson Sargento também olhou a exposição com admiração e relembrou da amiga:
- Zica era uma pessoa muito educada. Quem via Zica não tinha como não se apaixonar. Eu já freqüentei muito a casa dela, convivi com Cartola, aqueles sambistas todos. Foi a Zica que deu força pro Cartola continuar a cantar e eu sou muito agradecido a ela. Depois que o Cartola morreu, ela me deixou terminar algumas músicas dele, que ele começou antes de morrer e não terminou como “Deixa e “Velho Estácio”.
Perguntado sobre a importância de Dona Zica na Mangueira, não pestanejou:
- Zica era uma das grandes damas do Samba. O samba deveria reconhecer mais isso.
Pedro Paulo Nogueira, que juntamente com Nilcemar Nogueira fundou o Centro Cultural Cartola, também prestigiou o evento.
Dona Regina Nogueira, filha de Dona Zica, se emocionou ao receber uma homenagem da ala “Só Para Quem Pode”, da qual Dona Zica era madrinha:
- Essa foi mais uma de tantas homenagens que minha mãe recebeu e ainda recebe. Ela vivia para Mangueira. Minha mãe falava: “Aqui é minha Vieira Souto. Minha Igreja é Mangueira” – Disse Regina, que chorou muito ao ver a exposição em homenagem à mãe inaugurada por sua filha, Nilcemar.

O evento contou com a presença de intelectuais como a professora Martha Abreu do departamento de História da UFF e Renata Gonçalves, professora do departamento de Antropologia da mesma universidade:
- È muito importante o reconhecimento e a participação da comunidade em reconhecer suas próprias figuras. Esse é um movimento que acontece não só aqui no Rio de Janeiro, com a própria comunidade reconhecendo sua própria identidade, mas também é um movimento maior, onde as pessoas começam a reconhecer os seus próprios saberes em todo o Brasil. É uma tendência ligada ao registro de bens imateriais e acho que o samba conseguiu fazer isso muito bem, unindo os atores locais aos seus próprios fazeres – disse Renata.
Políticos Prestigiaram a Homenageada
Também compareceram figuras políticas importantes, como o Superintendente de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, Marcos André Carvalho:
- Essa exposição é muito importante para a cultura carioca. Falar de Zica é falar da própria história da Mangueira. Ela foi uma das mulheres mais importantes do Brasil, com seu sorriso acolhedor, quase dizendo “aqui tem espaço pra todo mundo”.
Marcos André aproveitou e falou da importância do Centro Cultural Cartola e do caminho positivo que a cultura no Rio de Janeiro trilha:
- A importância do Centro Cultural Cartola, hoje, extrapola a própria Mangueira. Entre suas missões, ele devolve para a Mangueira o que é da Mangueira. E não só isso, o Centro adquiriu uma grande importância para as escolas de samba e para sua memória, pois nenhuma escola tem o acervo e a sua memória organizada como o Centro Cultural Cartola possui.É um trabalho que vem crescendo, mas ainda precisa de mais apoio.
Gabriela Alevato, Gerente de Convênios da Superintendência de Museus da Secretaria de Cultura, também ressaltou a importância do trabalho :
- As políticas de cultura estão cada vez mais presentes na sociedade. Devemos cada vez mais nos atentar para trabalhos como esse do Centro Cultural Cartola.
Miro Teixeira também compareceu ao evento e relembrou o lado acolhedor da homenageada:
- Zica era a expressão do Rio de Janeiro. Com ela não tinha tristeza. Sempre tinha uma palavra de conforto, um sorriso e um estímulo. – disse Miro, que confessou ser fã de carteirinha das comidas que Zica fazia nas reuniões de sua casa no Buraco Quente, na Mangueira.
Também compareceu o ator Maurício Mattar, que aprovou a feijoada preparada pelas baianas da Mangueira para o evento e sambou ao lado de componentes da Velha Guarda da escola, e o poeta Geraldinho Carneiro.
Em clima de festa após a inauguração, Nilcemar Nogueira e a filha de Dona Neuma, companheira inseparável de Zica, cantaram juntas relembrando a parceria de Dona Zica e Dona Neuma. A emoção tomou conta do ambiente com o grupo de pagode Regente animando a roda de samba e a tradicional receita de feijoada de Zica.
Sobre Dona Zica
Euzébia Silva de Oliveira, a Dona Zica, nasceu num domingo de Carnaval, 6 de fevereiro de 1913, no bairro carioca de Piedade. Com quatro anos de idade foi morar, com a família, no Buraco Quente, no Morro da Mangueira. Lá conheceu e conviveu com Cartola, para quem, mais do que esposa, foi musa inspiradora e companheira dedicada. Sua personalidade forte impulsionou a vida e a carreira do grande mestre. Nascia ali também um amor incondicional pela Mangueira, pelas culturas carioca e brasileira. Sua relação com a comunidade mangueirense a converteria na grande dama da verde-e-rosa. O jeito delicado e vaidoso, o apego à vida, a dignidade e a altivez transformaram-na em umas das mais fortes lideranças femininas do samba carioca.
Dona Zica também conquistaria a fama de uma das mais importantes culinaristas do Rio. Quem não ouviu falar de seu famoso feijão? Afamada por seu talento de cozinheira inspirada e por toda sua dedicação ao samba, conquistou seu espaço social e político e contribuiu para a manutenção de nossos valores culturais. Uma de maiores contribuições à cultura brasileira foi abrir no centro do Rio com o marido ilustre um restaurante que entraria para a história da MPB: o Zicartola, estabelecimento que funcionava no segundo nível de um sobrado de três andares localizado na Rua da Carioca, número 53. Neste espaço, criado inicialmente para servir refeições, passaram a se reunir, ao fim das tardes, sambistas que lá encerravam o dia de trabalho ao som de batucadas. Com o crescimento das escolas de samba na década de 1960, os antigos compositores, que perderam espaço com este fenômeno, passaram a buscar refúgio no Zicartola, entre eles Zé Keti. Elton Medeiros, Nelson Cavaquinho, Ismael Silva, Aracy de Almeida e a eles juntaram-se grandes nomes da bossa nova, como Carlos Lyra e Nara Leão que também se apresentaram por lá. O local também foi palco do lançamento de Paulinho da Viola.
Serviço
A exposição está aberta à visitação de segunda à sexta, de 10 às 17hs, no Centro Cultural Cartola, que se localiza na Rua Visconde de Niterói, 1296, Mangueira. Para agendamento de visitas mediadas, entrar em contato pelo e-mail cartola@cartola.org.br.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Cartola vive nas nossas mentes e corações !























Hoje é dia do aniversário de Cartola, começamos este dia com orgulho de compartilhar com vocês a                                              felicidade de ver  "Por toda minha vida - Cartola", na final do Emmy - considerado Oscar da TV. 
O Centro Cultural Cartola, é o seu maior legado, espaço de luta, de fraternidade, de superação. Nossas comemorações começam nesta terça no teatro Rival, e terminam no sábado no Centro Cultural Cartola.
Cartola vive nas nossas mentes e corações ! Salve o samba brasileiro.